O Orientador
O
orientador educacional é um importante membro da gestão educacional. É ele o
responsável principal para o desenvolvimento pessoal de cada aluno, respeitando
as particularidades de cada aluno. O orientador dá suporte a formação do aluno
como cidadão, a reflexão sobre os valores morais e éticos e a mediação de
conflitos. O orientador deve auxiliar aos professores no processo de ensino e
aprendizagem na compreensão do comportamento dos alunos.
Como
veremos no texto a seguir, o orientador deve interagir, participar, observar e
conhecer os alunos para poder intervir e dar o devido encaminhamento a cada
caso. Além de conhecer os alunos, o orientador deve conhecer a comunidade e
família desses alunos, a realidade social e cultural desse aluno, é importante
que haja um dialogo entre a escola e a comunidade e o orientador pode e deve
ser esse elo.
Nessa perspectiva, "a prática dos orientadores deve estar vinculada às questões
pedagógicas e ao compromisso ético de contribuir na construção de uma escola democrática,
reflexiva e cidadã". (BALESTRO, 2005. p. 21).
Referência
Bibliográfica:
BALESTRO, M. A trajetória e a prática da
orientação educacional. Revista
Prospectiva n. 28, 2004/2005.
Texto autoral de Paola Wogel Ribeiro (13212080012) e Karina Maia Félix (15112080445)
Convívio e parceria com os estudantes
Foto:
Rodrigo Erib
"Meu
nome é Maria Eugênia Toledo e, desde 2002, sou orientadora responsável por sete
turmas do 6º e do 7º ano da Escola Projeto Vida, em São Paulo. A demanda de
acompanhamento dos jovens é grande. O desafio é não descuidar do coletivo, ao
mesmo tempo que desenvolvemos uma série de intervenções individuais.
Recentemente, precisei sentar e conversar com um aluno que fez uma coisa errada. Os professores reclamavam que ele dava trabalho e provocava os colegas. Em nossa conversa, ele chorou muito e desabafou: ninguém enxergava suas qualidades. Eu disse: 'Você tem de mostrar seu lado bom. É sua meta. Combinado?' Ele respondeu que sim. Estávamos de acordo. Uma semana depois, a escola promoveu um passeio à exposiçãoDiálogos no Escuro (ambiente em que se simula o cotidiano dos deficientes visuais), na cidade de Campinas, a 98 quilômetros de São Paulo. Esse estudante foi. Para minha surpresa, quando estávamos no escuro para conversar com os guias cegos, ele fez as melhores perguntas. Queria saber se os guias eram vaidosos, como era o dia-a-dia deles etc. No fim do programa, um deles perguntou o nome do aluno e disse: 'Eu enxergo muitas coisas boas em você'. A reação do estudante foi incrível. Ele me disse, comovido: 'Puxa, o cara não enxerga, mas viu minhas qualidades'. Essas situações trazem um efeito positivo para toda a vida da pessoa.
Para fazer parte do convívio dos estudantes, chego meia hora antes do início das aulas, às 7 da manhã. Acho que o orientador não pode atuar só em classe, por isso acompanho a circulação no pátio, nos intervalos e nas atividades de grupo fora de sala. Estou sempre circulando entre eles.
Além disso, temos um encontro semanal com cada uma das turmas. Funciona como se fosse uma aula dentro da grade curricular, mas tem uma especificidade de temas. Por exemplo, do 6º ao 9º, eles passam pelo Projeto Vida e Saúde, no qual discutimos questões como alimentação, drogas, sexualidade, mídia e relação com o corpo.
No 7º ano, trabalhamos a entrada na adolescência. Nesses encontros, elaboramos cartazes com três colunas (eu critico, eu solicito, eu quero discutir) em que os estudantes, de forma anônima, colocam os fatos - sempre os fatos. Então, conversamos sobre cada assunto por categoria (respeito entre eles, uso inadequado do espaço etc.). As soluções vêm do grupo.
Todos pensam sobre como têm administrado os próprios conflitos. Incentivamos a formação de uma pessoa crítica, sempre em conjunto com o professor e a família."
Recentemente, precisei sentar e conversar com um aluno que fez uma coisa errada. Os professores reclamavam que ele dava trabalho e provocava os colegas. Em nossa conversa, ele chorou muito e desabafou: ninguém enxergava suas qualidades. Eu disse: 'Você tem de mostrar seu lado bom. É sua meta. Combinado?' Ele respondeu que sim. Estávamos de acordo. Uma semana depois, a escola promoveu um passeio à exposiçãoDiálogos no Escuro (ambiente em que se simula o cotidiano dos deficientes visuais), na cidade de Campinas, a 98 quilômetros de São Paulo. Esse estudante foi. Para minha surpresa, quando estávamos no escuro para conversar com os guias cegos, ele fez as melhores perguntas. Queria saber se os guias eram vaidosos, como era o dia-a-dia deles etc. No fim do programa, um deles perguntou o nome do aluno e disse: 'Eu enxergo muitas coisas boas em você'. A reação do estudante foi incrível. Ele me disse, comovido: 'Puxa, o cara não enxerga, mas viu minhas qualidades'. Essas situações trazem um efeito positivo para toda a vida da pessoa.
Para fazer parte do convívio dos estudantes, chego meia hora antes do início das aulas, às 7 da manhã. Acho que o orientador não pode atuar só em classe, por isso acompanho a circulação no pátio, nos intervalos e nas atividades de grupo fora de sala. Estou sempre circulando entre eles.
Além disso, temos um encontro semanal com cada uma das turmas. Funciona como se fosse uma aula dentro da grade curricular, mas tem uma especificidade de temas. Por exemplo, do 6º ao 9º, eles passam pelo Projeto Vida e Saúde, no qual discutimos questões como alimentação, drogas, sexualidade, mídia e relação com o corpo.
No 7º ano, trabalhamos a entrada na adolescência. Nesses encontros, elaboramos cartazes com três colunas (eu critico, eu solicito, eu quero discutir) em que os estudantes, de forma anônima, colocam os fatos - sempre os fatos. Então, conversamos sobre cada assunto por categoria (respeito entre eles, uso inadequado do espaço etc.). As soluções vêm do grupo.
Todos pensam sobre como têm administrado os próprios conflitos. Incentivamos a formação de uma pessoa crítica, sempre em conjunto com o professor e a família."
Bibliografia:
ALMEIDA, Daniela. Orientador Educacional: o
mediador da escola, revista digital
nova escola, março de 2009, disponível em: http://novaescola.org.br/conteudo/450/mediador-escola
acesso em:28/09/2016
Concordo plenamente, estar no papel de orientador hoje é um grande desafio, uma vivencia diária que nos permite passar por varias experiências ligadas ao ambiente escolar. Não é uma tarefa fácil, porem nos possibilita crescer com as dificuldades que nos deparamos ao exercer essa profissão que exige dedicação e liderança.
ResponderExcluirFernanda Santos 14212080154 Angra dos Reis
Concordo plenamente, estar no papel de orientador hoje é um grande desafio, uma vivencia diária que nos permite passar por varias experiências ligadas ao ambiente escolar. Não é uma tarefa fácil, porem nos possibilita crescer com as dificuldades que nos deparamos ao exercer essa profissão que exige dedicação e liderança.
ResponderExcluirFernanda Santos 14212080154 Angra dos Reis
Apesar das funções do orientador serem essenciais no processo de ensino e aprendizagem, infelizmente nem sempre as escolas contam com esse profissional em sua equipe. Mas com ou sem ele, o trabalho não pode deixar de ser feito. Da mesma maneira que uma escola sem coordenador pedagógico não deixa de planejar as situações didáticas, uma escola sem orientador educacional não deixa de se preocupar com a formação cidadã de seus alunos. Essa missão deve ser cumprida pelo diretor, coordenador e também pelos professores. Conhecemos muito bem a triste e precária educação no Brasil, um grande exemplo que estamos vivenciando aqui em Angra dos Reis, devido a crise financeira que o município está sofrendo pela má administração, os profissionais da educação estão em greve na luta para receberem seus merecidos salários, mesmo com a proximidade do final do ano letivo a prefeitura parece não se importar com isso, e os alunos serão certamente prejudicados.
ResponderExcluirAline - 14212080300