ASSEDIO
MORAL NA ESCOLA
Nos últimos anos o magistério paulista
passou por um assédio moral coletivo...foi traumático...nem superamos os
traumas e lá vem um novo ano letivo e todo inicio de ano enfrentamos um período
muito tenso na rede publica estadual .
A situação se agrava devido a crise
provocada pela administração anterior que criou a divisão dos temporários em
categorias,essa divisão foi marcada pela obrigatoriedade de uma prova que
não prova a competência de ninguém e que teve várias questões anuladas
devido erros gritantes...o que torna tal avaliação no mínimo ridícula e
hilária.
Essa divisão em categorias só serviu para desestimular o magistério, acirrar ainda mais a competividade e causar mais desemprego.
Essa divisão em categorias só serviu para desestimular o magistério, acirrar ainda mais a competividade e causar mais desemprego.
Os poucos professores que ainda
insistem na profissão...alguns quase se aposentando como temporários
passam por uma verdadeira destruição psicológica nestes dias,os nervos
ficam em frangalhos devido ás incertezas,o medo do desemprego,as injustiças
do sistema...e principalmente a falta de educação e maus tratos de
"superiores " que também estão"stressados" devido a
sobrecarga de trabalho nas atribuições... É necessário muita calma nessa
"hora".
Só para lembrar todos os envolvidos no processo de atribuição, estou postando a caracterização do assédio moral e suas consequências para a saúde do professor e trabalhador da educação, isso é sem dúvida uma das causas do fracasso da escola pública que interage com outros fatôres e levam o educação brasileira ao caos...o que me levou a fazer esta postagem foi o contato com muitas pessoas que sofreram este problema neste período de atribuição...e o desejo de chamar a atenção para este problema que em muitos casos se estende ao longo do ano letivo...entendo a escola como um espaço democrático que visa a formação de cidadãos e isso passa necessariamente pela figura do educador e dos demais trabalhadores da educação antes de chegar ao aluno ,portanto é dever da see e orgãos superiores proporem estratégias e ações para a eliminação de qualquer tipo de abuso de poder,assédio moral e tratamento degradante de pessoas.respeito é fundamental na formação de uma escola cidadã...alunos e professores merecem dignidade....
Vejamos neste quadro alguns dos problemas que frequentemente encontramos nas ecsolas:
Só para lembrar todos os envolvidos no processo de atribuição, estou postando a caracterização do assédio moral e suas consequências para a saúde do professor e trabalhador da educação, isso é sem dúvida uma das causas do fracasso da escola pública que interage com outros fatôres e levam o educação brasileira ao caos...o que me levou a fazer esta postagem foi o contato com muitas pessoas que sofreram este problema neste período de atribuição...e o desejo de chamar a atenção para este problema que em muitos casos se estende ao longo do ano letivo...entendo a escola como um espaço democrático que visa a formação de cidadãos e isso passa necessariamente pela figura do educador e dos demais trabalhadores da educação antes de chegar ao aluno ,portanto é dever da see e orgãos superiores proporem estratégias e ações para a eliminação de qualquer tipo de abuso de poder,assédio moral e tratamento degradante de pessoas.respeito é fundamental na formação de uma escola cidadã...alunos e professores merecem dignidade....
Vejamos neste quadro alguns dos problemas que frequentemente encontramos nas ecsolas:
Endurecimento e esfriamento das
relações no ambiente de trabalho;
Dificuldade para enfrentar as
agressões e interagir em equipe;
Isolamento de internalização;
Sentimento de pouca utilidade, de
fracasso e de “coisificação”;
Falta de entusiasmo pelo trabalho;
Falta de equilíbrio quanto às
manifestações emocionais, por exemplo, com crises de choro ou de raiva;
Diminuição da produtividade;
Aumento do absenteísmo;
Demissão;
Desemprego; Enfraquecimento da
saúde;
Tensão nos relacionamentos afetivos;
Suicídio.
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Em entrevista ao Observatório da
Educação, Silvia Barbara, professora do ensino médio da rede privada e
diretora do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), aborda o tema
da violência nas escolas e do assédio moral contra o professor. Ela avalia o
projeto de lei 191/09, do senador Paulo Paim, aprovado em novembro pela
Comissão de Educação do Senado, e que tem por objetivo disciplinar condutas e
estabelecer o encaminhamento dos casos de violência em sala de aula. Silvia
também fala sobre o assédio moral nas escolas e suas implicações no cotidiano
escolar.
OE – O que pensa do projeto do senador Paulo Paim, que trata da violência em sala de aula contra o professor? Silvia Barbara - O projeto de lei se refere a quando há danos materiais, lesões corporais ou morte. Não fala do aluno que se recusa a entregar seu celular ou xinga o professor. Por isso, por mais que respeite o projeto de lei do senador, tenho a impressão que já tem código penal e civil para resolver essas questões. Ele trata disso, e violência que estou sujeita como qualquer pessoa, não por ser professor. Já tem uma lei específica para o caso do aluno matar o professor, ou bater nele. Não se trata de questões pedagógicas, mas policiais, sim. Por isso não concordo com o argumento de que esse tipo de lei só criminaliza e não resolve o problema pedagógico. Não é disso mesmo que se trata, mas de um tipo de violência a que o professor e qualquer outra pessoa pode estar sujeita. OE – Nessa temática da violência contra o professor, o que é mais comum nas escolas particulares? Silvia - Ultimamente, estou preocupada com outro tipo de violência que talvez não seja essa tão aberta, escancarada. A agressão física é clara. Mas existe a violência que talvez não seja tão explícita, ou classificada como agressão, mas que corrói o cotidiano do professor, a alma dele o dia todo. É uma violência que está não só na escola, mas no dia-a-dia. Por exemplo: vi o questionário socioeconômico enviado pelo Inep aos alunos inscritos no Enem. Está publicado no site do MEC a íntegra do questionário. Há uma seção: você e seus estudos. Em nenhum momento pergunta-se como o aluno estudou, quantas horas por dia... mas pede para o aluno avaliar o grau de conhecimento de seu professor, para definir se o professor é autoritário. E se acha que isso é normal, que o poder público coloque isso para quatro milhões de jovens. É uma falta de respeito atroz. É aparentemente algo profissional, mas é uma violência que acaba com a moral e a vontade do professor trabalhar. É muito comum ler em jornais e revistas que o professorado é um bando de ignorante. Como vamos trabalhar no dia seguinte? Aí não há lei que resolva. OE – Como entende a questão do assédio moral na escola? Silvia - O assédio moral tem um agravante na escola, pois muitas vezes vem camuflado por um discurso pseudopedagógico. Por exemplo, o professor elabora uma atividade, mas o aluno não veio. Então, o professor deve fazer uma prova substitutiva. Se isso se repete e há pressão dos superiores por elaboração de tarefas que vão além do que o professor deve fazer é um tipo de assédio moral. Pode não ser aberto o assédio, haver argumentos pedagógicos, mas a pressão existe e não é escancarado. Vem camuflado por um discurso aparentemente pedagógico. A pressão, quando é camuflada, às vezes tem impactos muito mais sérios do que aquelas escancaradas. OE – E qual é a saída do professor para esse tipo de situação? Silvia - Propus, em um artigo escrito no ano passado, um limite de negociação com o aluno. Aparelhos eletrônicos na sala de aula, muitas vezes, ocasionam briga entre professor e aluno. Uma solução é criar norma de conduta social que defina algumas regras na escola e estabeleçam limites do que é negociável e não é. Não precisa de lei, mas deve ficar claro que, quando o aparelho é retirado do aluno, o coordenador não pode devolver no final da aula. Uma forma de reduzir determinados atos de violência, muitos praticados por coordenadores e donos de escola contra o professor, é estabelecer um discurso mais respeitoso em relação ao professor. Não é preciso adulação, mas respeito. Se criarmos regra de conduta na qual se respeite o professor, a coordenação pedagógica e a imprensa respeite o professor, talvez reduza muito a violência que é praticada dentro da escola.
O assédio moral, desonesto e muitas
vezes silencioso, traz conseqüências desastrosas para o vitimizado e para a
sociedade. Recebemos cada vez mais no Sinpro, reclamações de professores da
educação básica ou do ensino superior que alegam estarem sendo vítimas de
assédio moral por parte de pais, alunos, colegas de profissão, coordenadores
e proprietários de estabelecimento de ensino. É um problema que vem se
agravando ano após ano e esta diretamente relacionado com a precarização das
condições de trabalho que nossa categoria está enfrentando no
cotidiano.
O assédio moral se caracteriza
por atos e comportamentos agressivos que visam, sobretudo, à
desqualificação, à desmoralização profissional e desestabilização emocional e
moral dos assediados, tornando o ambiente de trabalho ou o local de
convivência completamente desagradável, insuportável e hostil. Tal situação
ocasiona, em muitos casos, até um pedido de demissão por parte do empregado,
que acaba se sentindo aprisionado a uma situação desesperadora, e que muitas
vezes lhe desencadeia problemas de saúde e traumas sérios.
Os casos mais comuns de assédio
moral de que os educadores padecem nas escolas são:
– Serem desrespeitados, sofrerem
ameaças físicas e violência verbal por parte dos alunos.
– Serem tratados como simples
empregados, prestadores de serviços e não como educadores por pais e alunos.
– Serem vítimas de Bullying cibernético
com situações de constrangimento em site de relacionamento e mídia
eletrônica.
– Serem convocados
(convidados) para reunião em dias não-letivos sem remuneração para o
trabalho.
– Serem ignorados e desprestigiados
no ambiente educacional por colegas, coordenadores e direção da escola.
– Serem tratados de forma
desrespeitosa com agressões verbais por parte dos dirigentes da escola.
– Terem as cargas de aulas reduzidas
sem autorização do docente.
– Terem os horários de aulas
elaborados de forma totalmente incompatíveis com os critérios sugeridos pelo
professor.
– Sofrerem ameaças de demissão
constantes e não terem os diretos trabalhistas garantidos pela convenção
coletiva respeitados pelas instituições de ensino.
Muitos professores que sofrem com
essas atitudes acabam adoecendo e tendo sua saúde e qualidade de vida
comprometida, sua auto-estima deteriorada e sua carreira profissional
comprometida e em muitos casos interrompida. O estresse e a depressão são as
principais doenças que atingem o professores vítimas dessas ações.
Mas, conscientes de que esses
problemas podem atingir a todos, unidos e solidários, podemos combater esse
mal e desmascarar o agressor e a Instituição com os seguintes atos:
Resistir: anotar com detalhes todas
as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do
agressor, colegas que testemunharam conteúdo da conversa e o que mais você
achar necessário).
Dar visibilidade: procurar a ajuda
dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já
sofreram humilhações do agressor.
Organizar: Buscar o apoio dos
colegas é fundamental dentro e fora da escola. Lembrem-se de que todos podem
ser vítimas dessas discriminações.
Evitar: conversar com o
agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante
sindical.
Exigir por escrito: explicações
do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da
eventual resposta do agressor. Se possível, mandar sua carta registrada, por
correio, guardando o recibo.
Procurar seu sindicato e relatar: o
acontecido para diretores e outras instâncias como médicos ou advogados do
sindicato assim como para o Ministério Público, Justiça do Trabalho,
Comissão de Direitos Humanos.
Buscar apoio: junto a
familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais
para recuperação da autoestima, dignidade, identidade e cidadania.
Caso você seja vitima ou testemunhe
esses atos contra algum colega de trabalho, não tenha medo, denuncie a
situação, pois possivelmente outras vítimas surgirão. A valorização do
profissional de educação e de seu ambiente de trabalho faz parte da luta
coletiva do nosso sindicato e se converte em uma de nossas bandeiras
políticas.
Quando estabelecermos unidos um
ambiente democrático e saudável para o desenvolvimento das nossas atividades
educacionais, anularemos aqueles que se orgulham de serem opressores.
Procure o sindicato, denuncie!
O Assédio é ilegal e considerado crime!
André Campos
Depto de Saúde – Sinpro Campinas
-Professor do Colégio Rio Branco
Grupo: Angra dos Reis
Layla de Araújo Castro 14112080008
Isabele Machado das Neves 14112080036
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Os profissionais que sofrem assédio moral nem sempre denunciam, nem sempre conseguem mudar de situação. Isso prejudica tanto quem sofre esse crime quanto as pessoas que estão ao seu redor, pois é nítido o abalamento pessoal e profissional do ser humano que vive sob pressão e assédio. É muito importante denunciar este crime. A sociedade precisa mudar a visão de que violência é física. Violência existe de diversas formas e o assédio moral é uma delas. Se isso ocorre dentro de uma escola e com educadores, o que poderá acontecer fora dela? Que tipo de exemplo é este que os jovens presenciam na escola e na sociedade?
ResponderExcluirAssédio Moral é crime e precisa acabar
Denuncie.
Layla de Araújo Castro 14112080008
Isabele Machado das Neves 14112080036