segunda-feira, 10 de outubro de 2016

 A Violência nas Escolas:







"Ouvir o agressor reduziu o bullying"

Caso real
"Eu tinha um aluno que liderava os casos de bullying naquela turma e, com a ajuda de alguns colegas, agredia, xingava e batia nos mais fracos. "Em um dos casos, ele chegou a ferir um colega até sangrar", relembra.
Abjan decidiu, então, iniciar ações de combate à violência com a sala. De início, por meio do diálogo, convidou os alunos a refletirem sobre suas próprias ações, com base no tema "aquilo que não quero para mim, não posso ofertar aos outros". "Meu objetivo era fazer os alunos se colocarem no lugar dos colegas". Além do debate, a turma também participou de encenações teatrais e produziu cartazes com mensagens que pediam mais respeito para melhorar a convivência na escola.
Mas, na visão da professora, ainda era preciso incluir a família nesse processo. "Muitas vezes, os pais incentivam os filhos a serem violentos, a agredir quando são agredidos". Ela passou, então, a organizar reuniões quinzenais com os familiares. "Se você não trouxer a família, você não consegue atingir o aluno", conclui.
Nas primeiras atividades com a turma, o aluno que ameaçava os colegas quase não participou. "Um dia, ele me procurou para dizer sobre as coisas que não gostava. Ouvi e dei importância a ele. Depois disso, ele começou a participar mais, com uma atitude melhor e o comportamento do grupo como um todo melhorou muito", avalia.

Palavra de especialista

Está claro e é uníssono entre os pesquisadores da área que atos de bullying podem ter causas relacionadas a ambientes familiares agressivos. Justamente por isso, gestores e professores precisam construir na escola um ambiente sócio-moral baseado no respeito e em um relacionamento sadio. "É necessário que a escola pare de culpar as famílias por todos os problemas que enfrenta e busque uma revisão interna sobre a organização do ambiente escolar", alerta Adriana Ramos, pedagoga e doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A própria inclusão das famílias pode ser uma estratégia de combate ao bullying, mas não a única. Toda a escola - incluindo gestores, coordenadores, professores, funcionários, alunos e pais - precisa participar ativamente de processos de manutenção das relações interpessoais na escola. "Um aluno que não tem uma família considerada estruturada ou pais ausentes é justamente aquele que mais precisa de uma escola justa e respeitosa para seu desenvolvimento", alerta Ramos.
Para a especialista, punir não é o melhor caminho para resolver problemas de bullying entre alunos. E foi exatamente esta a postura da professora Abjan Gomes. "Ela soube se sensibilizar em relação ao agressor, um personagem muitas vezes negligenciado e até tratado como culpado. A professora não julgou o aluno, mas procurou incentivá-lo a reconhecer seus próprios sentimentos", analisa Adriana.

Fonte de consulta:
http://acervo.novaescola.org.br/formacao/ouvir-agressor-definicao-bullying

Comentário da dupla:

Na maioria das vezes a dificuldade em reconhecer o bullying pode ocorrer porque as vítimas normalmente sofrem caladas, com medo de se expor à situação de repreensão e acabam ficando refém de tal violência, acarretando diversos problemas em seu desenvolvimento e convívio.
As escolas, quase sempre, identificam apenas algumas possíveis características do bullying e dos alunos nele envolvidos, pelo fato do mesmo ser muito mais complexo do que se possa imaginar, tendo características diversas, pois se trata de uma violência repetitiva e intencional, que às vezes aparece escondida em pequenos atos, comprometendo o desenvolvimento do aluno.
Muitos professores não conseguem eliminar as manifestações do bullying, por não saberem reagir às situações referentes ao mesmo. Por este motivo, normalmente os alunos evitam expor o problema aos profissionais da educação, por entenderem que nada podem fazer para ajudá-los.
A família, juntamente com a escola pode ser o caminho para ajudar no processo de mudanças de ideias, comportamentos e valores no combate às condutas do bullying.
Com o auxílio da supervisão e orientação educacional, deve-se focar na recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que a vítima sentiu ao sofrer a violência. É importante que a criança se sinta segura e com a autoestima fortalecida. Passar confiança para o aluno fará com que ele se sinta seguro para conversar e perceba que está em um local onde seus direitos são preservados e sua presença é respeitada e valorizada.
Várias atividades podem ser propostas para que os problemas sejam resolvidos e não voltem a acontecer. Podem ser propostas atividades que envolvam trocas de papéis, palestras ou conversas informais que ajudarão na conscientização de toda a turma, ou até
mesmo da comunidade escolar. 

Alunas : Alessandra Tenório Ferreira    Matrícula: 14212080395
              Laudilene Da Silva Malcher     Matrícula: 14212080176

             


6 comentários:

  1. Alessandra e Laudilene, infelizmente o bullying é frequente entre alunos e como professores e futuros pedagogas, devemos promover projetos e atividades que minimizem essa agressão entre os educandos.
    Wiara Christina Matr: 14212080393

    ResponderExcluir
  2. O texto relatou a experiência de um aluno que foi ouvido. Muitas vezes o que estes alunos precisam é de atenção e de carinho. Quando a escola passa a dar o que eles não tem dentro de casa o comportamento pode ser alterado.
    Karina 15112080445

    ResponderExcluir
  3. Interessante em como um profissional da educação pode combater esse mal, o bullying! algo tão antigo porém agora tem um nome. Muitas vezes é o causador da deficiência no desenvolvimento do aluno, este que pode estar passando por esse problema e muitas vezes o professor e a própria família nem sabe! Parabéns pela reportagem!

    Fernanda Santos Matr. 14212080154

    ResponderExcluir
  4. Penso que a questão do Bullying também está relacionada ao tipo de educação que esse aluno recebe de casa e se recebe, pois atualmente o que podemos observar é uma grande inversão de valores, valores esses que deveriam vir de casa, o que já não vem ocorrendo na maioria dos casos. Muito importante a atitude do professor de buscar trazer a família para participar desse processo de diálogo e conscientização.

    Danielle C.A.Conceição Mat:14212080369 Angra dos Reis

    ResponderExcluir
  5. Penso que a questão do Bullying também está relacionada ao tipo de educação que esse aluno recebe de casa e se recebe, pois atualmente o que podemos observar é uma grande inversão de valores, valores esses que deveriam vir de casa, o que já não vem ocorrendo na maioria dos casos. Muito importante a atitude do professor de buscar trazer a família para participar desse processo de diálogo e conscientização.

    Danielle C.A.Conceição Mat:14212080369 Angra dos Reis

    ResponderExcluir