Atualmente, a Violência Escolar tem tomado proporções assustadoras no interior das escolas, o que muito tem preocupado os profissionais da educação, que vivem angustiados, com medo, e nunca sabem o que pode acontecer no cotidiano escolar. A violência que antes era interpessoal, agora se estendeu a destruição do patrimônio escolar e a agressão moral e física dos professores e demais profissionais que fazem parte do contexto escolar.
O Gestor/Pedagogo deve utilizar o currículo escolar como meio de abordar o assunto e combater a violência no espaço escolar, estando assim, atentos a forma como o tema é inserido na sala de aula, como os alunos respondem a esse trabalho contínuo e como o assunto irá influenciar no meio social em que os mesmos estão inseridos. Dessa forma, o currículo será o recurso mais eficaz para combater a violência.
Como consequência da grande proporção de violência que tem tomado conta do espaço escolar, somado a outros fatores que compõe o ambiente de trabalho dos professores, pode-se criar um clima desagradável no cotidiano escolar, ocasionando vários problemas de saúde e transtornos psicológicos como a síndrome de burnout que pode levar esses profissionais a ausência no processo de trabalho, abandono da profissão e uma prática de docência negativa. Dessa forma, essas consequências não afetarão somente o corpo docente, mas a toda organização escolar será afetada.
"As consequências de Burnout nos professores não se manifestam apenas no campo pessoal e profissional. Estas também se manifestam ao nível da organização escolar e na relação com os alunos." (Gouveia.2010, p.17)
Referências Bibliográficas:
REPORTAGEM DO G1 RJ
11/07/2010 08h10 - Atualizado em 11/07/2010 16h56
Professores relatam casos de violência de alunos em escolas do Rio
Denúncias fazem parte de dossiê produzido por sindicato.
Educadores, doentes, são afastados e vivem a base de remédios.
Aluizio Freire
Professoras
A professora E., de licença médica, foi ameaçada
de morte por aluno (Foto: Aluizio Freire)
O grupo sacode as grades de ferro, lança bombas (tipo cabeça-de-negro) nos corredores, que explodem e estremecem as paredes do prédio. Grita, simulando uivos de animais, xinga e faz ameaças a quem ousa entrar na sua frente. Parece rebelião em um presídio, mas são atos de alunos rebeldes, relatados por professores de ensino médio e fundamental em um detalhado dossiê sobre violência nas escolas do Rio.
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O assunto voltou a ganhar destaque com a denúncia de uma professora, no dia 10 de junho, que acusou um aluno de 13 anos de quebrar seu dedo por tê-lo impedido de ouvir música durante a aula. Ela registrou queixa na delegacia por lesão corporal.
"A gente não pode mais fechar os olhos para isso. Existem muitos professores traumatizados, doentes, abandonando a profissão depois de receberem ameaças de morte."
Mas profissionais da área já preparavam um amplo seminário sobre a violência nas escolas. Entre os temas do evento, que vai reunir educadores de vários estados no dia 25 de agosto na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), será discutido a Síndrome de Burnout, doença que tem afastado muitos profissionais do mercado de trabalho por estresse excessivo.
De acordo com estudos psiquiátricos, a Síndrome de Burnout caracteriza tensão emocional crônica provocada pelo trabalho estressante. Como o nome diz pouca coisa, só o quadro clínico do paciente pode revelar a gravidade e a evolução da doença.
"A gente não pode mais fechar os olhos para isso. Existem muitos professores traumatizados, doentes, abandonando a profissão depois de receberem ameaças de morte. Isso é muito grave. Não culpamos apenas os alunos, discriminados e vítimas de outras questões sociais. Mas a instituição, as secretarias de educação precisam oferecer um suporte psicológico para os alunos e uma estrutura de apoio para que os educadores não fiquem à mercê desse tipo de violência, que está sendo banalizado”, afirma a coordenadora do estudo, Edna Félix, que representa o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ).
De acordo com o Sepe, as escolas da Região Metropolitana do Rio concentram os casos mais graves de violência. Segundo levantamento realizado pela entidade, somente na capital existem mais de 200 unidades de ensino situadas em áreas consideradas de risco, o que indicaria o alto índice dos casos de agressividade dentro das salas de aula.
Uma das vítimas dessa violência é a professora de História Nádia de Souza, 54 anos, 23 de magistério. Ela está de licença médica desde o dia 30 de junho de 2009, acometida de transtornos emocionais, de acordo com laudo entregue por sua médica na terça-feira (5), após consulta no Serviço de Psiquiatria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, confirmando a necessidade de afastamento profissional da paciente.
Professoras
Nádia, com síndrome do pânico, não consegue
passar na porta de uma escola (Foto: Aluizio Freire)
Professora de História e Sociologia, pós-graduada em História da África, artista plástica e escritora, com dois livros publicados, Nádia lecionava na Escola Municipal Deodoro, na Zona Sul do Rio, até ser ameaçada por um aluno, no ano passado.
“Vou te quebrar”, disse um aluno ao ser informado que estava em recuperação. Sem conseguir mais ministrar suas aulas, entrou em licença médica.
Os primeiros sintomas de pânico surgiram durante uma viagem de metrô. À medida que o vagão ficava lotando aumentava seu desespero. Quando saiu estava em prantos, sufocada, com taquicardia. Precisou ser socorrida.
A paixão pelas crianças, o prazer de ensinar, se transformaram em aversão. “Dói muito a gente não poder fazer uma coisa para a qual se dedicou a vida inteira. É frustrante, é o fracasso”, revela Nádia.
Professora faz terapia há três anos
A professora não consegue nem mesmo passar na porta de uma escola. Sente calafrios. A estranha sensação de vazio, perseguição, surge em momentos inesperados. Durante uma conversa com amigos e familiares, na sala de casa, de repente foi acometida de um pânico inexplicável. Correu para o quarto e se escondeu embaixo da cama, gritando de medo.
“É um medo que não se sabe de quê. Sentimos um grande desamparo, como se o mundo e todos estivessem contra nós, prontos para nos agredir. É um sofrimento tão grande que sou obrigada a tomar antidepressivos e ansiolíticos diariamente. É como se tomasse remédio para dormir e para acordar", conta.
Outra professora que sofre da mesma doença é E.B., 53 anos, professora de Português do município há 13, formada em Letras e com pós-graduação em Literatura Brasileira pela Uerj. Ela faz terapia há três anos, passa por acompanhamento psiquiátrico e gasta cerca de R$ 200 por mês em remédios.
Alunas:
Adriana Vilela de Souza - Matr: 14212080188
Alcione Moreira Gonçalves- Matr: 14212080146
Wiara Christina Santos de Souza- Matr: 14212080393
Triste realidade.
ResponderExcluirFernanda Santos
Verdade Fernanda Santos! Infelizmente, muitos professores não conseguem aplicar todo o seu profissionalismo porque estão com medo e receosos com os perigos que podem correr dentro do ambiente escolar.
ExcluirWiara Christina- 14212080393
Então Wiara, é importante que o professor não deixe de acreditar na sua capacidade. Buscar ajuda junto aos orientadores e profissionais de apoio pode ser um dos caminhos para que a educação se faça presente e o respeito ao professor seja um dos valores a serem cultivados.
ExcluirLaudilene Malcher 14212080176
Triste realidade.
ResponderExcluirFernanda Santos
Infelizmente isso é uma realidade.
ResponderExcluirOs profissionais da educação se veem pressionados diante da atual desvalorização. Sem falar do desrespeito. Mas, é importante que ainda acreditemos que a educação é o melhor caminho para a construção de um país civilizado e evoluído.
Laudilene Malcher
Infelizmente isso é uma realidade.
ResponderExcluirOs profissionais da educação se veem pressionados diante da atual desvalorização. Sem falar do desrespeito. Mas, é importante que ainda acreditemos que a educação é o melhor caminho para a construção de um país civilizado e evoluído.
Laudilene Malcher 14212080176
Infelizmente isso é uma realidade.
ResponderExcluirOs profissionais da educação se veem pressionados diante da atual desvalorização. Sem falar do desrespeito. Mas, é importante que ainda acreditemos que a educação é o melhor caminho para a construção de um país civilizado e evoluído.
Laudilene Malcher 14212080176
Meu Deus, que tristeza... Professores totalmente destruídos pelo medo. Com tudo isso os alunos são os prejudicados, pois, cada dia que passa estamos perdendo excelentes profissionais. Ai pensamos, como será o futuro do nosso país??
ResponderExcluirKarina 15112080445
Muitas crianças hoje não estão mais tendo aquele respeito que se tinha antes pelos mais velhos ou pelas pessoas em geral. E também muitos refletem na escola a violência sofrida em casa.
ResponderExcluirAlessandra T Ferreira 14212080195
Muitas crianças hoje não estão mais tendo aquele respeito que se tinha antes pelos mais velhos ou pelas pessoas em geral. E também muitos refletem na escola a violência sofrida em casa.
ResponderExcluirAlessandra T Ferreira 14212080195
Muitas crianças hoje não estão mais tendo aquele respeito que se tinha antes pelos mais velhos ou pelas pessoas em geral. E também muitos refletem na escola a violência sofrida em casa.
ResponderExcluirAlessandra T Ferreira 14212080195
Concordo com você Laudilene que temos que continuar com a esperança de que através da educação podemos mudar essa triste realidade e buscar soluções para construção de um mundo melhor, pois é através do conhecimento que conquistamos nossos direitos e cumprimos os nossos deveres. Alcione Moreira 14212080146
ResponderExcluirEnquanto profissional da educação, esta situação muito me decepciona, pois trabalhamos com medo dos alunos e dos pais, que não sabemos qual vai ser sua reação ao ser chamado sua atenção e com isto a incidência de professores com problemas de saúde tem aumentado significativamente.
ExcluirAdriana Vilela de Souza 14212080188
Esse assunto relacionando a violência nas escolas com a Síndrome de Burnout, foi escolhido pois está muito em evidência nos dias atuais, pois não conhecemos os alunos que frequentam nossas escolas e a qualquer momento eles podem nos surpreender de modo violento, algumas vezes, ameaçando os professores, o que desencadeia uma série de problemas de saúde entre elas a Síndrome de Burnout.
ResponderExcluirAdriana Vilela de Souza 14212080188