Desafios à atuação d@pedagog@ na escola Polo Angra dos Reis
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Assédio Moral
Sabemos que o assédio moral é muitas
vezes silencioso e traz grandes consequências para as vítimas. Em qualquer
ambiente pode acontecer o assédio moral, porém em alguns acontecem de forma
muito rápida. A escola é um desses ambientes onde professores alegam ser
vítimas por parte de pais, alunos, colegas de profissão e
proprietários, e agir é o melhor remédio para esses casos. Primeiramente é
necessário compartilhar com amigos o problema, pois o problema passa a ser de
todos. Em seguida, procurar as possibilidades de solução para modificar essa
realidade, e para denunciar o assédio o profissional terá que recolher provas e
procurar ajuda de testemunhas.
A questão: “O que é ser pedagogo?” sem dúvidas é algo importante para a compreensão da função do curso de Pedagogia e possibilita a percepção da identidade desse profissional. Para que possamos responder essa pergunta é de suma verificar o que seria essa identidade a qual nos referimos.
A identidade nada mais é que o conjunto de características que um indivíduo possui e que fará com que este será diferenciado dos outros. No caso de um curso é a própria estrutura e finalidade que dará essas características fundamentais para sua diferenciação em termos de formação.
Pegaremos então o que está escrito nas DCNs Pedagogia em seu artigo 2º: “As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em curso de Educação Profissional na área de serviço apoio escolar, bem como em áreas nas quais sejam previstos os conhecimentos pedagógicos.”
Observando tal artigo chegamos à noção de que ser Pedagogo é ser um profissional que atuará em campos que exijam os conhecimentos pedagógicos, sejam eles espaços escolares ou não, visando o apoio e execução desses conhecimentos em diferentes atividades. O que difere a Pedagogia dos os outros cursos além da docência, temos a parte pedagógica como também forte aliado na compreensão dessa identidade, pois apesar das licenciaturas terem essa parte pedagógica, não tem essa relação frequente na formação.
“(...)o pedagogo é todo profissional que lida com a formação de sujeitos, seja em instituições de ensino, seja em outro lugar.” (LIBÂNEO, 2006, p.215)
Essa fala de Libâneo (2006) é bastante interessante nessa questão de definição de identidade, por que desconstrói a ideia do pedagogo somente como docente, mas sim como um profissional muito mais amplo em suas funções.
“A redução do trabalho pedagógico à docência não pode, portanto, constituir-se em algo imutável. Nem mesmo chega a ser uma questão de cunho epistemológico ou conceitual. As novas realidades estão exigindo um entendimento ampliado das práticas educativas e, por consequência, da pedagogia.” (LIBÂNEO E PIMENTA, 1999, p.250)
Através desse conceito de ampliação da visão da função do pedagogo, entende-se que há basicamente dois campos de atuação desse profissional: o pedagogo em espaços escolares e o pedagogo em espaço não escolares. http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/56537 Layla de Araujo Castro 14112080008 Isabele Machado das neves 14112080036
Nos últimos anos o magistério paulista
passou por um assédio moral coletivo...foi traumático...nem superamos os
traumas e lá vem um novo ano letivo e todo inicio de ano enfrentamos um período
muito tenso na rede publica estadual .
A situação se agrava devido a crise
provocada pela administração anterior que criou a divisão dos temporários em
categorias,essa divisão foi marcada pela obrigatoriedade de uma prova que
não prova a competência de ninguém e que teve várias questões anuladas
devido erros gritantes...o que torna tal avaliação no mínimo ridícula e
hilária.
Essa divisão em categorias só serviu para desestimular o magistério, acirrar
ainda mais a competividade e causar mais desemprego.
Os poucos professores que ainda
insistem na profissão...alguns quase se aposentando como temporários
passam por uma verdadeira destruição psicológica nestes dias,os nervos
ficam em frangalhos devido ás incertezas,o medo do desemprego,as injustiças
do sistema...e principalmente a falta de educação e maus tratos de
"superiores " que também estão"stressados" devido a
sobrecarga de trabalho nas atribuições... É necessário muita calma nessa
"hora".
Só para lembrar todos os envolvidos no processo de atribuição, estou postando a
caracterização do assédio moral e suas consequências para a saúde do
professor e trabalhador da educação, isso é sem dúvida uma das causas do
fracasso da escola pública que interage com outros fatôres e levam o educação
brasileira ao caos...o que me levou a fazer esta postagem foi o contato com
muitas pessoas que sofreram este problema neste período de atribuição...e o
desejo de chamar a atenção para este problema que em muitos casos se estende ao
longo do ano letivo...entendo a escola como um espaço democrático que visa a
formação de cidadãos e isso passa necessariamente pela figura do educador e dos
demais trabalhadores da educação antes de chegar ao aluno ,portanto é dever da
see e orgãos superiores proporem estratégias e ações para a eliminação de
qualquer tipo de abuso de poder,assédio moral e tratamento degradante de
pessoas.respeito é fundamental na formação de uma escola cidadã...alunos e
professores merecem dignidade....
Vejamos neste quadro alguns dos problemas que frequentemente encontramos nas
ecsolas:
Endurecimento e esfriamento das
relações no ambiente de trabalho;
Dificuldade para enfrentar as
agressões e interagir em equipe;
Isolamento de internalização;
Sentimento de pouca utilidade, de
fracasso e de “coisificação”;
Falta de entusiasmo pelo trabalho;
Falta de equilíbrio quanto às
manifestações emocionais, por exemplo, com crises de choro ou de raiva;
Em entrevista ao Observatório da
Educação, Silvia Barbara, professora do ensino médio da rede privada e
diretora do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), aborda o tema
da violência nas escolas e do assédio moral contra o professor. Ela avalia o
projeto de lei 191/09, do senador Paulo Paim, aprovado em novembro pela
Comissão de Educação do Senado, e que tem por objetivo disciplinar condutas e
estabelecer o encaminhamento dos casos de violência em sala de aula. Silvia
também fala sobre o assédio moral nas escolas e suas implicações no cotidiano
escolar.
OE – O que pensa do projeto do senador
Paulo Paim, que trata da violência em sala de aula contra o professor?
Silvia Barbara - O projeto de lei se refere a quando há danos materiais,
lesões corporais ou morte. Não fala do aluno que se recusa a entregar seu
celular ou xinga o professor. Por isso, por mais que respeite o projeto de
lei do senador, tenho a impressão que já tem código penal e civil para
resolver essas questões. Ele trata disso, e violência que estou sujeita como
qualquer pessoa, não por ser professor. Já tem uma lei específica para o caso
do aluno matar o professor, ou bater nele.
Não se trata de questões pedagógicas, mas policiais, sim. Por isso não
concordo com o argumento de que esse tipo de lei só criminaliza e não resolve
o problema pedagógico. Não é disso mesmo que se trata, mas de um tipo de
violência a que o professor e qualquer outra pessoa pode estar sujeita.
OE – Nessa temática da violência
contra o professor, o que é mais comum nas escolas particulares?
Silvia - Ultimamente, estou preocupada com outro tipo de violência que
talvez não seja essa tão aberta, escancarada. A agressão física é clara. Mas
existe a violência que talvez não seja tão explícita, ou classificada como
agressão, mas que corrói o cotidiano do professor, a alma dele o dia todo. É
uma violência que está não só na escola, mas no dia-a-dia. Por exemplo: vi o
questionário socioeconômico enviado pelo Inep aos alunos inscritos no Enem.
Está publicado no site do MEC a íntegra do questionário. Há uma seção: você e
seus estudos. Em nenhum momento pergunta-se como o aluno estudou, quantas
horas por dia... mas pede para o aluno avaliar o grau de conhecimento de seu
professor, para definir se o professor é autoritário. E se acha que isso é
normal, que o poder público coloque isso para quatro milhões de jovens. É uma
falta de respeito atroz. É aparentemente algo profissional, mas é uma
violência que acaba com a moral e a vontade do professor trabalhar. É muito
comum ler em jornais e revistas que o professorado é um bando de ignorante.
Como vamos trabalhar no dia seguinte? Aí não há lei que resolva.
OE – Como entende a questão do assédio
moral na escola?
Silvia - O assédio moral tem um agravante na escola, pois muitas vezes
vem camuflado por um discurso pseudopedagógico. Por exemplo, o professor
elabora uma atividade, mas o aluno não veio. Então, o professor deve fazer
uma prova substitutiva. Se isso se repete e há pressão dos superiores por
elaboração de tarefas que vão além do que o professor deve fazer é um tipo de
assédio moral. Pode não ser aberto o assédio, haver argumentos pedagógicos,
mas a pressão existe e não é escancarado. Vem camuflado por um discurso
aparentemente pedagógico. A pressão, quando é camuflada, às vezes tem
impactos muito mais sérios do que aquelas escancaradas.
OE – E qual é a saída do professor
para esse tipo de situação?
Silvia - Propus, em um artigo escrito no ano passado, um limite de
negociação com o aluno. Aparelhos eletrônicos na sala de aula, muitas vezes,
ocasionam briga entre professor e aluno. Uma solução é criar norma de conduta
social que defina algumas regras na escola e estabeleçam limites do que é
negociável e não é. Não precisa de lei, mas deve ficar claro que, quando o
aparelho é retirado do aluno, o coordenador não pode devolver no final da
aula. Uma forma de reduzir determinados atos de violência, muitos praticados
por coordenadores e donos de escola contra o professor, é estabelecer um
discurso mais respeitoso em relação ao professor. Não é preciso adulação, mas
respeito. Se criarmos regra de conduta na qual se respeite o professor, a
coordenação pedagógica e a imprensa respeite o professor, talvez reduza muito
a violência que é praticada dentro da escola.
O assédio moral, desonesto e muitas
vezes silencioso, traz conseqüências desastrosas para o vitimizado e para a
sociedade. Recebemos cada vez mais no Sinpro, reclamações de professores da
educação básica ou do ensino superior que alegam estarem sendo vítimas de
assédio moral por parte de pais, alunos, colegas de profissão, coordenadores
e proprietários de estabelecimento de ensino. É um problema que vem se
agravando ano após ano e esta diretamente relacionado com a precarização das
condições de trabalho que nossa categoria está enfrentando no
cotidiano.
O assédio moral se caracteriza
por atos e comportamentos agressivos que visam, sobretudo, à
desqualificação, à desmoralização profissional e desestabilização emocional e
moral dos assediados, tornando o ambiente de trabalho ou o local de
convivência completamente desagradável, insuportável e hostil. Tal situação
ocasiona, em muitos casos, até um pedido de demissão por parte do empregado,
que acaba se sentindo aprisionado a uma situação desesperadora, e que muitas
vezes lhe desencadeia problemas de saúde e traumas sérios.
Os casos mais comuns de assédio
moral de que os educadores padecem nas escolas são:
– Serem desrespeitados, sofrerem
ameaças físicas e violência verbal por parte dos alunos.
– Serem tratados como simples
empregados, prestadores de serviços e não como educadores por pais e alunos.
– Serem vítimas de Bullying cibernético
com situações de constrangimento em site de relacionamento e mídia
eletrônica.
– Serem convocados
(convidados) para reunião em dias não-letivos sem remuneração para o
trabalho.
– Serem ignorados e desprestigiados
no ambiente educacional por colegas, coordenadores e direção da escola.
– Serem tratados de forma
desrespeitosa com agressões verbais por parte dos dirigentes da escola.
– Terem as cargas de aulas reduzidas
sem autorização do docente.
– Terem os horários de aulas
elaborados de forma totalmente incompatíveis com os critérios sugeridos pelo
professor.
– Sofrerem ameaças de demissão
constantes e não terem os diretos trabalhistas garantidos pela convenção
coletiva respeitados pelas instituições de ensino.
Muitos professores que sofrem com
essas atitudes acabam adoecendo e tendo sua saúde e qualidade de vida
comprometida, sua auto-estima deteriorada e sua carreira profissional
comprometida e em muitos casos interrompida. O estresse e a depressão são as
principais doenças que atingem o professores vítimas dessas ações.
Mas, conscientes de que esses
problemas podem atingir a todos, unidos e solidários, podemos combater esse
mal e desmascarar o agressor e a Instituição com os seguintes atos:
Resistir: anotar com detalhes todas
as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do
agressor, colegas que testemunharam conteúdo da conversa e o que mais você
achar necessário).
Dar visibilidade: procurar a ajuda
dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já
sofreram humilhações do agressor.
Organizar: Buscar o apoio dos
colegas é fundamental dentro e fora da escola. Lembrem-se de que todos podem
ser vítimas dessas discriminações.
Evitar: conversar com o
agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante
sindical.
Exigir por escrito: explicações
do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da
eventual resposta do agressor. Se possível, mandar sua carta registrada, por
correio, guardando o recibo.
Procurar seu sindicato e relatar: o
acontecido para diretores e outras instâncias como médicos ou advogados do
sindicato assim como para o Ministério Público, Justiça do Trabalho,
Comissão de Direitos Humanos.
Buscar apoio: junto a
familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais
para recuperação da autoestima, dignidade, identidade e cidadania.
Caso você seja vitima ou testemunhe
esses atos contra algum colega de trabalho, não tenha medo, denuncie a
situação, pois possivelmente outras vítimas surgirão. A valorização do
profissional de educação e de seu ambiente de trabalho faz parte da luta
coletiva do nosso sindicato e se converte em uma de nossas bandeiras
políticas.
Quando estabelecermos unidos um
ambiente democrático e saudável para o desenvolvimento das nossas atividades
educacionais, anularemos aqueles que se orgulham de serem opressores.
Procure o sindicato, denuncie!
O Assédio é ilegal e considerado crime!
André Campos
Depto de Saúde – Sinpro Campinas
-Professor do Colégio Rio Branco
Síndrome de Burnout: A doença do esgotamento profissional
Não importa a profissão, o estresse faz parte do dia a dia
num mundo cada vez mais competitivo. A Síndrome de Burnout é uma das
consequências deste ritmo atual: um estado de tensão emocional e estresse
crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. O próprio termo
“burnout” demonstra que esse desgaste danifica aspectos físicos e psicológicos
da pessoa.
Em geral, a síndrome atinge profissionais que lidam direto e
intensamente com pessoas e influenciam suas vidas. É o caso de pessoas das
áreas de educação, assistência social, saúde, recursos humanos, bombeiros,
policiais, advogados e jornalistas.
Sintomas:
Há diversos sintomas, que, em fase inicial, até se confundem
com a depressão. Por isso, é importante um diagnóstico detalhado. O esgotamento
físico e emocional é refletido através de comportamentos diferentes, como
agressividade, isolamento, mudanças de humor, irritabilidade, dificuldade de
concentração, falha da memória, ansiedade, tristeza, pessimismo, baixa
autoestima e ausência no trabalho. Além disso, há relatos de sentimentos
negativos, desconfiança e até paranoia.
É possível que o paciente sofra fisicamente com a doença,
com dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta,
dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrointestinais,
respiratórios e cardiovasculares. Em mulheres, é comum alterações no ciclo
menstrual.
Além do tratamento, que inclui terapia e medicamentos, como
antidepressivos, se faz necessária uma mudança no estilo de vida. A atividade
física regular e os exercícios de relaxamento devem entrar para a rotina, pois
ajudam a controlar os sintomas. É importante que o médico observe se é o
ambiente profissional a causa do estresse ou se são as atitudes da própria
pessoa que geram a crise.
A qualidade de vida é uma das armas para prevenir a Síndrome
de Burnout. E isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar
exercícios e manter uma vida social bem ativa.
Fonte: http://www.uniica.com.br/
Cristiane Marques de sousa Lemos - 11212080264 / Julia da
Silva Lino
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
ASSÉDIO MORAL, violência nossa de cada dia.
Grupo Na Moral
Jaqueline dos Santos Cardoso – Polo Paracambi – Mat.15112080220
Lenemar de Souza Freitas – Polo Paracambi – Mat. 13212080198
Rozelane Sarmento Braz – Polo Paracambi – Mat. 14112080172
Cena do filme “2001 Uma Odisséia no Espaço”
///
O Ser Humano sempre buscou o poder como forma de
sobrevivência, e a violência é a principal ferramenta nessa conquista. Seja a
violência física, psíquica e intelectual, desde que propicie a subordinação de
um em função do outro.
Se fizermos uma retrospectiva histórica poderemos relembrar
episódios, tais como: os Faraós escravizando os egípcios, a relação das castas
indianas, a conquistas do império romano, as cruzadas cristãs, as regalias
monárquicas francesas, o bloqueio continental napoleônico, a escravidão, o
nazismo, a ditadura militar, o machismo, a homofobia etc.
Descobrir-se mais forte que o outro não significa garantia
do direito de dominação. Mas, parece que é mais forte que nós. Nós, vírgula!
Pois aí implica dois outros conceitos fundamentais: ética e empatia.
"indivíduo ético é aquele que respeita a humanidade em
si e no outro".
Margarida Barreto
No artigo “DROGAS, VIOLÊNCIA E JUVENTUDE: DESCONSTRUINDO
ESTEREÓTIPOS E RECONHECENDO”, a pesquisadora Maria Fátima Olivier Sudbrack
investiga a origem da violência “intrínseca” ao jovem. Ela busca compreender os
motivos pelo qual os jovens estão sempre ligados a violência e a as drogas. Ela
parte do princípio, popular, de que são violentos e se drogam pelo simples fato
de ser jovem, e ponto.
Então ela trata dessa violência como se fosse uma doença,
mas ressalta a atenção sobre seus sintomas, a febre, por exemplo.
A febre não é a doença em si, ela é um sintoma, um
dispositivo de alerta do corpo para indicar que há algo de errado, que há um
desequilíbrio por parte de algum órgão. Ela é um pedido de socorro!
///
Pois bem, se a violência é uma febre, qual é a doença em
sim? De onde vem o desequilíbrio desse “corpo”? Ela, então, afirma que a
violência social que atinge direta ou indiretamente esse jovem é o que leva a
essa “febre”. Uma resposta violenta à toda a violência que o afeta:
desestrutura e desafeto familiar, desrespeito das políticas públicas em relação
aos direitos sobre a saúde, educação, lazer e segurança, a dominação cultural
imposta pelas mídias e o capitalismo selvagem, e toda a espécie de dominação
social que, não só os jovens mas, todos nós vivemos.
Nosso grupo escolheu esse tema, Assédio Moral, mas é claro
que os outros temas tratados neste blog estão diretamente ligados as relações
sociais vigentes em nosso tempo. Somos violentados constantemente sem perceber.
E, para nos defender, somos violentos também, vivemos “trocando chumbo”.
Lendo o depoimento de uma professora, em seu blog,
percebemos seu desabafo em relação ao estereótipo que a mídia criando do
professor, quando dão visibilidade exagerada sempre que um professor
desrespeita um aluno. E, para se defender usa, nitidamente, um tom revoltado e
nada empático em relação a tudo que pode estar por trás do ato de desrespeito
que vem de um estudante.
Não é uma crítica a reclamação dela, muito pelo contrário.
No texto compreendemos seu sofrimento. É só o caso aqui, de exemplificar o
quanto nos tornamos violentos na tentativa de nos defender dela:
///
O Filósofo, teólogo e educador Mario Sérgio Cortella fala a
respeito da falta de referências hierárquicas na criação que os pais dão hoje a
nossas crianças.
Damos opções a indivíduos que ainda não têm experiências e
compreensão epistemológicas para fazer escolhas, no lugar de conduzi-las de
maneira (supostamente) correta, educando-as. Não é a isso o que chamamos de
criação?. Quando, essas mesmas crianças, se deparam com a autoridade e as
regras demandadas pela escola e educadores, necessárias no processo de ensino
aprendizagem, elas se defendem, usando os argumentos assimilados por elas na
convivência familiar e na própria comunidade: O famoso, “sabe com quem está
falando?”, “estou pagando”, “você não manda em mim”..
A criança, o adolescente, o jovem, não percebem a autoridade
como condutor de um processo, mas sim como uma imposição de valores e desejos
do outro sobre ele, que está tão acostumado a escolher o que quer, com aval
daqueles que deveriam ter maior autoridade sobre eles, seus pais. Na verdade,
os próprios pais já são frutos de uma sociedade que os permitiu escolher sem
referência hierárquica.
Como, então, resolver sozinho esse quiproquó histórico em um
tempo de aula de 45 minutos?
Bom, a lei criou mecanismos para garantir os direitos e
deveres em relação ao respeito. A velha história de que “seu direito termina
onde começa o meu, e vice-versa”.
Naquele blog, Professor: Profissão perigo, citado acima; a
professora afirma que nunca viu a lei ser aplicada a algum aluno, por desacato
ou desrespeito.
E, abaixo, vemos mais discursos inflamados e vingativos:
“Eu acredito que as salas de aula deveriam ser abertas,
ficando lá dentro apenas os alunos que querem aprender alguma coisa. Alunos que
são obrigados a frequentar a escola não querem estudar, vão apenas para cumprir
algo que são obrigados a fazer. Se o tal "conselho" deixasse de
existir e os alunos efetivamente reprovassem se não atingissem a média ou
tivesses faltas superiores a 25% não seria o atual cenário dentro das salas de
aula. Mas ao mesmo tempo, ninguém seria obrigado a ir a escola. Vestibular é
uma coisa que poderia ser substituída por MÉRITO, ou seja, se você se dedica
aos estudos, desde sempre, tem direito a tentar uma vaga na universidade, caso contrario
não!”
Quando você era criança, você preferia ir para a escola ou
ficar brincando o dia inteiro? É cômico pensar dessa forma. Crianças não têm
referência epistemológica para avaliar a importância de estar em sala de aula.
Por isso a origem do Pedagogo, lembra? Aquele que conduz a criança para a
escola, que conduz a criança no caminho do conhecimento. Elas não têm condição
de escolher, não é justo. É covarde culpa-las.
É covarde também culpar seus pais, vítimas de um sistema
cruel. É covardia culpar os diretores que são pressionados pelo mesmo sistema e
pelos pais que pagam e mantem as escolas (privadas ou públicas). É covarde
acreditar que professores vão dar cota de consertar tudo isso sozinho. E,
ainda, é covardia ser professor e culpar a criança. Certamente, através da
observação e análise de como o mundo funciona, essa mesma criança irá cometer
bullying com o primeiro que se mostrar mais vulnerável que ela. Mas, podemos
também, correr no sentido contrário, o da insubordinação. E, com isso, criamos
um ciclo vicioso violento e vingativo.
A preocupação com questões deste cunho, existem desde
sempre. Foi tratado da Bíblia, no Alcorão, na Roma Antiga; e atende por
diferentes terminologias:” Mobbing nos países Nórdicos, Suíça e Alemanha;
o Bullying (tiranizar) na Inglaterra; Harcèlement na
França; Bossing na Itália; Acoso Moral na Espanha e
Itália; Harassment ou Mobbing (molestar) nos EUA;
Psicoterror e Assédio Moral no Brasil
e Ijime ou Murahachibu (ostracismo social) no Japão. Essas
denominações guardam concordância entre aqueles que estudam e se dedicam ao
assédio moral.”
///
Assédio moral provoca danos emocionais irreversíveis,
impagáveis. A lei existe, mas o processo é árduo, doloroso e implica em um
ânimo que, justamente esse, não se têm depois de se tornar vítima.
A crueldade implícita no Assédio Moral tem tamanhos
diferentes, que vai da brincadeirinha de mal gosto até o holocausto nazista.
Seus antídotos vão dos costumes familiares aos Direitos Humanos.
A vítima de hoje é um potencial algoz de amanhã. Conceitos
como: democracia, ética, empatia e afeto; são fundamentais no combate ao
Assédio Moral. Devem ser temas exercitados em todos os âmbitos sociais (escola,
igreja, clubes...)
E, a adaptação ao novo é necessária por parte dos Educares,
em especial. Adequar-se ao tempo e a novas tecnologias é fundamental.
A heurística é ferramenta ideal para isso. Ao invés de
proibir e criticar o uso do celular em sala de aula, por exemplo, é mister
descobrir maneiras inteligentes, eficazes e inovadoras de usar essa tecnologia
como auxiliadora, em favor do caminho do conhecimento. Olhar, ver e enxergar o
valor do novo.
Precisamos baixar a febre e ir curando a doença com calma,
com carinho, com afeto. O Pedagogo deve conduzir, e não criticar. Valorizados
ou não, somos de fato responsáveis pela sociedade que nos cerca. Precisamos ter
afeto na luta, ajudando a construir o exército que vai atuar eticamente,
moralmente, politicamente e legalmente em nossa sociedade.
Porque, afinal de contas, crianças de hoje praticam
bullying, mas elas crescem e viram adultos que praticarão o fascismo. De modo
que vamos vivendo eternamente sobre a hegemonia do “manda que pode, obedece
quem tem juízo”.
VAMOS
ENTENDER O QUE É ESSA SÍNDROME, E COMO ELA SE DESENVOLVE.
Deve-se ressaltar essa síndrome chamada de
Burnout, que vem sido muito difundido nos dias atuais, como um distúrbio
psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental
intenso, ligada à vida profissional. E as áreas profissionais mais afetadas por
essa síndrome está diretamente ligada a área de saúde e educação, porém,
qualquer profissional de outras áreas podem desencadear essa doença, tais como:
Cartorários, Tecnologia da informação, Gerentes de Projetos, jornalistas,
advogados, e até mesmo voluntários.
A dedicação exagerada à
atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a
única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é
outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pela
capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com
satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é reconhecido. Sem falar
dos salários baixos e falta de recursos nas atividades laborativas.
É de suma importância ficarmos
atentos aos sintomas inerentes essa síndrome, e é importante destacar cada um
deles:
Os sintomas físicos da Síndrome de Burnout
·Dores de cabeça constantes;
·Tonturas;
·Alterações no sono;
·Problemas digestivos;
·Falta de ar;
·Excesso de cansaço.
Os sintomas psíquicos da Síndrome de
Burnout podem ser:
Ansiedade; Dificuldade em
concentrar-se
A
SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES
A Síndrome de Burnout de professores é conhecida
como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de
desconforto que vai aumentando à medida que a vontade de lecionar
gradativamente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece
pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo,
satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, ideias, concentração,
autoconfiança e humor.
No entanto hoje os professores estão com as
classes superlotadas,falta de reconhecimento por uma boa aula ou por
estar ensinando bem,excesso de carga horária, baixo status da
profissão de professor, tensão na relação com alunos, alunos barulhentos,
muitos faltando com respeito e até mesmo partindo para agressão, nem sempre tem
retorno dos pais, muitos não comparecem em reuniões falta de segurança no
contexto escolar, e inexpressiva participação nas políticas e
no planejamento institucional.
O
TRATAMENTO PARA SÍNDROME DE BURNOUT
Deve ser orientado por um
psicólogo ou psiquiatra e, normalmente, é feito através da combinação de
medicamentos e terapias durante 1 a 3 meses.
O tratamento psicológico com
um psicólogo é de suma importância para os trabalhadores com Síndrome de
Burnout, pois o terapeuta ajuda o paciente a passar pelo estresse, proporcionando
ao indivíduo a troca de experiências que ajudam a melhorar o autoconhecimento e
a ganhar mais segurança no seu trabalho.
·Reorganizar o seu trabalho, diminuindo as horas
de trabalho ou as tarefas que é responsável, por exemplo;
·Aumentar o convívio com amigos, para se
distrair do estresse do trabalho;
·Fazer mais elogios aos professores, reforçar
suas práticas e respeitar seu trabalho;
·Fazer atividades relaxantes, como dançar, ir ao
cinema ou sair com os amigos, tirar folga.
·Fazer exercício físico, como caminhada ou
Pilates, por exemplo, para libertar o estresse acumulado.
·Prover os professores com mais oportunidades
para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as
opções de programa para o curso;
·Envolver os professores nas tomadas de decisão
da escola e melhorar a comunicação com a escola.
Portanto, essa síndrome que
acometem muitos professores relaciona-se intimamente com as condições
desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do
profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse
profissional, fazendo com que o profissional deixe seu trabalho, ou, quando
nele se mantém, trabalhe sem muito apego e excelência como a profissão exige,
pois, lecionar é uma arte, a arte de ensinar e ver seu aluno aprendendo e se
desenvolvendo para um futuro conquistar.
O grande desafio da atuação do Orientador escolar hoje em dia não é mais resolver o problema aluno, e sim identificar o problema dele e tentar ajuda-lo. Entender suas dificuldades seus anseios, enxerga-lo como sujeito em sua individualidade, se importando não somente com o racional, mas também com o emocional e afetivo. O que os alunos precisam hoje são de orientadores em suas formações como cidadãos, pessoas capazes de questionar, um ser crítico e libertador. Comentário individual Fernanda Santos Matr. 14212080154
O que faz o orientador educacional?
Orienta os alunos em seu desenvolvimento pessoal, preocupando-se com a formação de seus valores, atitudes, emoções e sentimentos;
Orienta, ouve e dialoga com alunos, professores, gestores e responsáveis e com a comunidade;
Participa da organização e da realização do projeto político-pedagógico e da proposta pedagógica da escola;
Ajuda o professor a compreender o comportamento dos alunos e a agir de maneira adequada em relação a eles;
Ajuda o professor a lidar com as dificuldades de aprendizagem dos alunos;
Medeia conflitos entre alunos, professores e outros membros da comunidade;
Conhece a legislação educacional do país;
Circula pela escola e convive com os estudantes.